Aquele curso de Inglês que estava no radar havia tempos, mas que parecia não caber no orçamento doméstico. A graduação ou a pós-graduação tão aguardada, que, contudo, até então não havia percorrido nem sequer a fase da matrícula. Para os colaboradores das empresas (Tevisa, Linhares, PCH Braço, Tropicália e Povoação), essa realidade tem mudado, pois o caminho para o aprimoramento tornou-se significativamente mais acessível com os programas de “Incentivo à Qualificação” e de “Treinamento e Desenvolvimento” disponíveis para os profissionais das companhias.
Somente em 2022, cerca de 100 cursos feitos pelos funcionários, tanto do campo operacional quanto no administrativo, foram custeados pelas empresas por meio dessas iniciativas. O apoio financeiro dado é de até 100%. Em 2023, os programas continuam a pleno vapor. De janeiro a maio deste ano, foram destinados R$ 246.711 para arcar com essa despesa, ajudando o trabalhador a se desenvolver.
O eixo da “Qualificação Profissional” contempla os cursos de graduação e pós-graduação. O gestor analisa se aquela proposta está alinhada ao escopo da atuação ou da futura atuação do trabalhador, que efetua o pagamento da mensalidade na íntegra e logo em seguida é reembolsado pela empresa com o valor de 70% do que aportou.
Não há limite de mensalidade, mas, claro, a cifra deve estar dentro do orçamento anual das empresas. Por isso, a solicitação deve ser feita no ano anterior à participação no curso, para que a administração tenha tempo hábil de planejar esse gasto.
Já na vertente “Treinamento e Desenvolvimento”, estão abarcados cursos de curta duração e cursos de especialização que não contam com certificado de nível. Um exemplo é o curso de idiomas. O suporte dado pelas empresas, nesses casos, é integral. Cem por cento do valor do curso é custeado pelas empresas.
“Elevando o nível de escolaridade e instrução, já conseguimos reconhecer o diferencial presente nos nossos profissionais. Além disso, há um outro elemento muito importante: a transformação de vidas. Muitas das pessoas que têm acesso ao benefício são as primeiras da família a ter uma graduação ou uma pós-graduação. Estimulamos o estudo. É importante para os colaboradores essa capacitação. Os cursos mais procurados são da Engenharia, na parte da graduação, principalmente a Engenharia Mecânica e a Engenharia Elétrica. Depois, vêm as áreas de Administração e Finanças”, informou a gerente de Recursos Humanos (RH) das empresas, Izabel Bittencourt.
Ela conta que, nos processos de promoções derivadas da vacância ou criação de cargos, as organizações buscam primeiro privilegiar a mão de obra interna. “Isso é da nossa cultura organizacional. Quase todos os novos gerentes vieram dessa forma, com a capacitação de líderes”, destacou.
Colaboradores relatam melhorias
Aproveitar essas oportunidades oferecidas tem sido essencial para a carreira e para a melhoria no desempenho do trabalho, apontam colaboradores do Grupo que ingressaram nesses projetos.
Maria Carolina Pessoa Bittencourt é uma dessas pessoas. Ela entrou no Grupo em 2011, na área administrativa. De lá para cá, foram quatro cursos feitos com o suporte da organização, todos determinantes para que chegasse ao posto de gerente de Planejamento e Controle e gerente do Financeiro, em 2020.
“Primeiro, fiz curso de graduação de Administração de Empresas pela Estácio. Em seguida, cursei um MBA de Controladoria. Nesse meio tempo, fiz um curso de inglês.”, enumerou Carolina, que se prepara para o próximo desafio dessa jornada, o curso na área de Finanças, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Analista contábil da Tropicália, Gliciara Alcantara (MBA) também ressalta a expansão dos conhecimentos adquiridos, facilitando a execução das tarefas. O MBA em Contabilidade e Finanças que concluiu pela Fipecafi com o apoio do programa foi um passo importante nesse avanço. “Esse aprendizado vem me ajudando muito. Utilizo-o nas práticas do dia a dia, com toda a rotina contábil, a exemplo da emissão dos relatórios a serem enviados aos meus gestores”, afirma ela.
Já para o técnico de Usinas David Steter, que atua na PCH Braço, a dupla oportunidade está em curso, com a graduação em Engenharia e as aulas Inglês.
“Tanto a graduação quanto o curso de Inglês sempre foram metas profissionais, pois atuo na área de manutenção elétrica desde de 2008. Fazer esses cursos agora me proporcionou a oportunidade de absorver muito os conteúdos, pois, com a experiência que adquiri ao longo da minha carreira, hoje consigo aplicar diretamente todos esses aprendizados nas minhas atividades dentro da empresa. Estou conseguindo realizar tudo que eu sempre planejei para a minha carreira”, diz David, que está no sétimo período de Engenharia Elétrica e cursa Inglês desde novembro de 2022.
Na avaliação do técnico de central termoelétrica Kelvin Silva, que trabalha na Povoação Energia, o curso de Inglês que vem fazendo pode ser muito útil para os serviços. “Como trabalhamos com maquinário importado, volta e meia precisamos ler manuais ou até mesmo entrar em contato com empresas onde o idioma usado é o inglês. Ter acesso ao idioma se faz muito importante no meu dia a dia.”
Saiba mais sobre os programas
- O trabalhador deve preencher o formulário de solicitação de curso e enviar para aprovação do gestor direto e do RH, para verificação da área de atuação do curso desejado e orçamento aprovado.
- O trabalhador deve estar no mínimo seis meses na folha de pagamento.
- O curso deve estar relacionado às atividades desenvolvidas pelo trabalhador.
- É preciso parecer favorável do superior imediato e da diretoria.
- No final de cada semestre, o trabalhador que reprovar em qualquer matéria de graduação ou MBA/pós-graduação deve assumir o custo da disciplina em que reprovou. As demais disciplinas, caso tenha obtido aprovação, continuarão a contar com suporte financeiro do Grupo.
- A reprovação no curso de idiomas também faz cessar o benefício.
Publicado por KICK