Após mobilização da PCH Braço, Rio Claro ganha nova unidade de conservação

O Município reconheceu área da empresa como RPPN. Propriedade tem 314 espécies registradas em 51 hectares

Depois de mobilizações, estudos e diálogos, a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Rio do Braço conseguiu aprovar perante o poder público o reconhecimento de uma área de sua propriedade como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O local está situado em Lídice, distrito de Rio Claro, onde a empresa está instalada desde 2009.

Nomeada em referência ao curso d’água que a delimita, a RPPN Rio do Braço abrange a margem direita do rio.

A declaração de reconhecimento da área como RPPN foi formalizada pela Prefeitura de Rio Claro por meio da Portaria nº 3, de 29 de dezembro de 2023, tendo sido assinada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura.  O documento foi publicado no Diário Oficial do município em 26 de março deste ano.

Com uma área aproximada de 51,18 hectares, a Reserva está inserida no domínio da Mata Atlântica com vegetação predominante de Floresta Ombrófila Densa. Em relação a sua biodiversidade, ao longo de mais de uma década de monitoramentos ambientais, foram registradas:

 

  • 182 espécies de aves,
  • 18 espécies de répteis,
  • 54 espécies de anfíbios,
  • 50 espécies de mamíferos e
  • 10 espécies de peixes.

 

Das 314 espécies registradas, 28 estão ameaçadas em algum grau extinção. Destacam-se, dentre as espécies ameaçadas de extinção, a onça-parda (Puma concolor), a araponga (Procnias nudicollis) e a maria-leque-do-sudeste (Onychorhynchus swainsoni).

A logomarca da RRPN, aliás, é uma homenagem a esse último pássaro citado, encontrado às margens do Rio do Braço em duas campanhas de monitoramento.

Da reserva, é possível visualizar a cachoeira do Rio Jararaca, com 80 metros em desnível, exatamente na confluência dos dois rios.

“A criação da RPPN vem ao encontro dos empenhos para conservação da Bacia Hidrográfica do Rio Piraí em conjunto com outras unidades de conservação da região, de domínio público e/ou privado, permitindo a conectividade e possibilitando a gestão integrada dessas áreas, a saber: RPPN Sítio Fim da Picada, RPPN Nossa Senhora da Graças, Parque Estadual do Cunhambebe”, destacou a gerente de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho da PCH Braço, Rafaela Rodrigues.

De acordo com ela, a preservação ambiental compõe um cenário que visa à sustentabilidade, integrado com valores educacionais, sociais, científicos e de responsabilidade que impactam positivamente a empresa, a comunidade local e o meio ambiente.

O que é uma RPPN? 

A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma unidade de conservação (UC) de domínio privado, gravada com perpetuidade na matrícula do imóvel, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. Portanto, a decisão em transformar uma área natural em RPPN é uma iniciativa do proprietário. 

No Brasil, há mais de 1.500 unidades de conservação dessa categoria, reconhecidas pelas diferentes esferas administrativas (federal, estadual e municipal). 

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