“Diversidade de Gênero como Estratégia do Negócio” foi o tema apresentado, na última quarta-feira (28/09), na campanha “+ que Respeito. Um direito delas”, promovida pela PCH Braço, em parceria com a Linhares Geração, Povoação Energia, Tevisa e Tropicália Transmissora. O segundo painel virtual da programação de conscientização e combate à violência contra mulher contou com a jornalista Dani Klein na intermediação do evento online e da especialista em negócios liderados por mulheres, diversidade e inovação, Josy Santos como palestrante.
Josy trouxe para os participantes um recorte de suas vivências em liderança de projetos com foco em empreendedorismo, em especial o feminino e periférico, desde 2015. Segundo ela, apesar das questões que envolvem diversidade já estarem mais inseridas no cotidiano social, o tema ainda é uma novidade nos ambientes corporativos, que podem contribuir significativamente para que a discriminação por gênero, e até mesmo racial, seja combatida.
Entre os dados apresentados, a especialista alertou para pesquisas, de instituições renomadas, que mostram que 37% dos profissionais afirmam já terem vivido ou presenciado casos de descriminação nas empresas que trabalham e 58% dizem ser muito importante que as empresas apoiem a diversidade.
“Os movimentos estão acontecendo e à medida que as organizações vão absorvendo e se movendo em prol da diversidade, as coisas caminham. Mas, é importante ressaltar que no atual ritmo, de acordo com Relatório Global de Desigualdade de Gênero, do Fórum Econômico Global de 2022, levaremos 132 anos para que a igualdade de gênero se torne uma realidade e 151 anos para fechar a lacuna de participação econômica e oportunidade de gênero. Ou seja, se não agirmos com mais força, teremos que esperar até a geração das nossas netas para solucionar este desequilíbrio”, pontuou Josy em sua fala.
Josy também lembrou que, na jornada pela liderança, a jornada dupla é um dos obstáculos para a mulher. “Em geral, cabe a nós o cuidado com a casa e a família, e ainda tem o impacto da maternidade, que historicamente vem sendo visto de forma pejorativa e só recentemente tem começado a ganhar outra perspectiva, menos negativa. A responsabilidade da mulher, majoritariamente, pela família, das crianças aos idosos, diminui sua competitividade no mercado de trabalho”.
A jornalista Dani Klein destacou sobre a importância das empresas em apoiar o fomento destes debates. “É preciso coragem do grupo gestor, pois diversidade é um tema sensível e que está na lista de vulnerabilidades de praticamente toda e qualquer corporação. Mas se omitir não resolve a questão. O processo de evolução requer essa busca por conscientização e ação corretiva”.
Quer ver o que mais foi abordado nessa palestra e bate-papo? É só acessar o link e assistir, na íntegra, o evento virtual em nosso canal do Youtube:
Publicado por KICK